A Igreja anima os cristãos a prepararem-se para o Natal. Bento XVI disse ontem (18 de Dezembro) no seu discurso dos Domingos, que nestes dias «a liturgia convida-nos à alegria do espírito».

«A alegria que desperta a liturgia no coração dos cristãos não lhes está exclusivamente reservada; é um anúncio profético destinado a toda a humanidade, em particular, aos mais pobres, neste caso, aos mais pobres de alegria».

«Os nossos irmãos e irmãs no Médio Oriente, nalgumas zonas de África e noutras partes do mundo que vivem o drama da guerra, que alegria podem ter? Como será o seu Natal?»

Bento XVI recordou também «tantos doentes e pessoas sós que, além de sofrerem fisicamente, sofrem nos seus sentimentos porque, por vezes, se sentem abandonados; como partilhar com eles a alegria sem lhes faltar ao respeito pelo seu sofrimento?»

«Pensemos também naqueles, sobretudo nos jovens, que perderam o sentido da verdadeira alegria e procuram-na em vão onde é impossível encontrá-la: na correria desenfreada para a afirmação de si mesmos e o êxito, no consumismo, nos momentos de embriaguez, nos paraísos artificiais da droga e de qualquer outra forma de alienação».

DIANTE DE TUDO, RENOVAÇÃO INTERIOR

«Não podemos deixar de confrontar a liturgia de hoje e o seu convite – “Alegrai-vos!" – com estas dramáticas realidades».

«A Palavra do Senhor dirige-se precisamente a quem se encontra em provação, aos "feridos da vida e órfãos de alegria". O convite à alegria não é uma mensagem alienante, nem um paliativo estéril, mas pelo contrário, uma profecia de salvação, um chamamento a um resgate que parte da renovação interior».

A seguir o Papa dirigiu-se às crianças que, acompanhadas pelas suas famílias, tinham levado para a Praça as suas figurinhas do Menino Jesus, que irão colocar nos presépios das suas casas, das escolas e das paróquias.

O Santo Padre benzeu as imagens e disse-lhes: "Pedi a Jesus diante do presépio pelas intenções do Papa. Muito obrigado! Desejo-vos um feliz Natal!".