A misericórdia é o que Deus mais deseja

Um dia depois da abertura da Porta Santa o Papa explicou na audiência geral porque decidiu convocar este Jubileu. Disse que não se tratava simplesmente de fazer algo que pudesse fazer bem à Igreja mas que era algo necessário por dois motivos: Em primeiro lugar para fazer ver ao mundo a necessidade que tem de perdão e em segundo lugar para mostrar a vontade que Deus tem de perdoar.

Queridos irmãos e irmãs:

Ontem abri aqui, na Basílica de São Pedro, a Porta Santa do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Que significa este Ano Santo? Celebrar um Jubileu da Misericórdia significa pôr no centro da nossa vida pessoal e das nossas comunidades o conteúdo essencial do Evangelho: Jesus Cristo.

Ele é a Misericórdia feita carne, que torna visível para nós o grande Amor de Deus. Trata-se pois de uma ocasião única para experimentar na nossa vida o perdão de Deus, a sua presença e a sua proximidade, especialmente nos momentos de maior necessidade.

Além disso, significa aprender que o perdão e a misericórdia é o que Deus mais deseja, e do que o mundo mais necessita, sobretudo num momento como o atual em que se perdoa tão pouco, na sociedade, nas instituições, no trabalho e também na família.

Mas, frente a tantas necessidades no mundo, é suficiente contemplar a misericórdia de Deus? Certamente, há muito que fazer, mas é preciso ter em conta que a raiz da falta de misericórdia está no amor-próprio, que se reveste do manto da procura do próprio interesse, dos prazeres, das honras e das riquezas.

Também na vida dos cristãos está presente sob o aspeto de hipocrisia e da mundanidade. Por isso, todos, necessitamos de reconhecer que somos pecadores, para que se fortaleça em nós a certeza da misericórdia de Deus.


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