Depois de visitar a República Dominicana e Trinidad y Tobago, o Prelado do Opus Dei chegou à Colômbia. Neste país teve diversos encontros pastorais, em Bogotá, na Universidade de La Sabana e em Medellín, entre outros lugares. A última vez que tinha visitado a Colômbia foi em 2001, quando acompanhou o Beato Álvaro del Portillo.

Na terça-feira, dia 11 de agosto, de manhã, reuniu-se em Bogotá com cerca de 100 sacerdotes de várias regiões do país e de tarde esteve numa tertúlia na Universidade de La Sabana, a que assistiram cerca de 6.000 pessoas.

“A Colômbia tem um coração grande que não deve limitar-se às suas fronteiras, mas deve estender as suas orações a toda a Humanidade”, disse. Pediu pelo Papa Francisco, pelos doentes, pelas crianças, pelas famílias, e apelou para um diálogo em confiança com Deus e com lealdade para com Ele.

Foi um encontro próximo com os presentes, que lhe fizeram várias perguntas sobre situações quotidianas. A primeira foi de um médico, professor e investigador, que disse ser questionado pela sua liberdade no desempenho de atividades em cátedras e investigações, pelo facto de trabalhar numa universidade cristã. D. Javier Echevarría insistiu na liberdade e na procura da verdade encaminhadas para o serviço e o para o bem.

Outro médico, que se identificou como professor, marido e pai, muçulmano praticante, perguntou como fortalecer o diálogo inter-religioso e superar a intolerância da sociedade. “Em 1950, São Josemaría Escrivá falou com a Santa Sé sobre a possibilidade de nomear cooperadores de outros cultos”, recordou D. Javier. O Prelado insistiu em que se deve respeitar a fé dos outros, “porque somos irmãos e aqui sempre encontrarão compreensão”.

Além disso, apelou à manutenção da unidade familiar e insistiu na necessidade de que os pais compartilhem tempo com os filhos. Respondeu assim à terceira pergunta, também de uma docente universitária, que pediu um guia sobre como falar com os filhos dos temas que em casa não se costumam abordar. “Se amam os seus filhos, têm que arrancar tempo às suas ocupações. Por exemplo, é muito mais importante sentar-se à volta da mesa a falar com eles de como lhes correu o dia, do que ver uma série de televisão”, salientou.

Referiu-se também ao matrimónio: “Não há vínculo como o compromisso. O lógico é que amemos até ao final da vida. Esse compromisso obriga-nos a cuidar e a amar o casal. Ao mesmo tempo, que nos demos conta de que os filhos foram fruto desse amor e não de uma questão fisiológica”.

A tertúlia terminou com um Pai-nosso pelo papa Francisco, pelas autoridades do país e da universidade. Seguiu-se uma Ave-maria e um Glória e uma bênção para a Colômbia.

Em Medellín

Em Medellín, o encontro estava programado para as 6 da tarde e o Padre, como é chamado carinhosamente no Opus Dei o Prelado, chegou com antecedência. O início foi pontual e mal subiu para o palco preparado para que todos os assistentes o pudessem ver, o Padre surpreendeu os assistentes com a saudação aos “paisas” e às “paisas”, como se costuma chamar aos antioquenhos (N.T.: Medellín é a capital do departamento colombiano de Antioquia).

Ouviu-se um forte aplauso depois de uma tão afetuosa saudação. O Padre falou uns minutos sobre o perdão, a reconciliação e o desejo de paz para todos os colombianos. Vieram depois as perguntas: sobre a educação dos filhos na fé, sobre o dever de levar almas para Deus, sobre a importância de fazer apostolado…, uma a uma, o Padre foi respondendo e brincando com os assistentes, contando divertidos episódios. Com esse ambiente alegre passaram cinquenta minutosem que o Padre animou todos a seguir Jesus e a levar a sua mensagem a todos os homens.
Como é habitual nas reuniões de família que tem em todos os lugares que visita, terminou pedindo orações pelo Papa; além disso, nesta ocasião, acrescentou que se rezasse especialmente pelo Sínodo da Família que terá lugar em outubro. Antes de partir recomendou a todos, e recordou que ele também o faz, que estudem o Catecismo da Igreja, onde está recolhida a doutrina segura sobre a fé católica.

Nesta viagem, o Padre teve uma breve reunião com

um grupo de mulheres da Prelatura na casa de convívios Guaycoral, que se situa em La Ceja. Houve também tempo para alguns encontros com famílias e para visitar vários doentes.