Queridos irmãos e irmãs:

Iniciamos hoje uma série de reflexões sobre três facetas que marcam a vida familiar: a festa, o trabalho e a oração.

Começamos pela festa, que é uma invenção de Deus. O livro do Génesis diz-nos que no final da criação Deus contemplou e alegrou-se com a sua obra. Deus ensina-nos que festejar não é conseguir evadir-se ou deixar-se vencer pela preguiça, mas lançar o nosso olhar para o fruto do nosso esforço com gratidão e com benevolência. Também nós podemos olhar para os nossos filhos que crescem, o lar que construímos e pensar: Que bonito! É Deus que o tornou possível, que continua também hoje a criar. E fazer festa!

O mandamento divino de parar nas nossas tarefas quotidianas, recorda-nos também, que o homem, como imagem de Deus, é senhor e não escravo do trabalho. Pede-nos que nos libertemos da obsessão pelo benefício económico, que ataca os ritmos humanos da vida e nega ao homem o tempo para o que é realmente importante. Desterremos essa ideia de festa centrada no consumo e no descontrolo e recuperemos o seu valor sagrado, vendo-a como um tempo privilegiado em que podemos encontrar-nos com Deus e com o irmão. Um tempo maravilhoso que podemos viver na família, mesmo nas dificuldades.

* * *

Dirijo uma saudação cordial a todos os peregrinos de língua portuguesa. Sois chamados a ser testemunhas do Evangelho no mundo, transfigurados pela alegria e pela graça misericordiosa que Jesus nos dá cada domingo na Santa Missa. Desça sobre vós e sobre as vossas famílias a bênção de Deus. Muito obrigado!

© Copyright - Libreria Editrice Vaticana