"As famílias estão convidadas a abrir as suas portas para sair ao encontro de Jesus"

Perante uma Praça de São Pedro mais vazia do que é habitual, o Papa Francisco protagonizou uma reconfortante audiência. Terminou o ciclo de catequese sobre a família e nessa ocasião falou sobre a Misericórdia tendo em vista o iminente Jubileu.

Queridos irmãos e irmãs:

No umbral do Ano da Misericórdia, quero refletir hoje sobre o sentido da Porta Santa. Uma porta que se abre na Igreja para sair ao encontro daqueles que, por tantas razões, se encontram longe. Também as famílias estão convidadas a abrir as suas portas para sair ao encontro de Jesus que nos espera paciente, e que quer trazer-nos a sua bênção e a sua amizade. Uma Igreja que não fosse hospitaleira ou uma família fechada em si mesma seria uma realidade terrível, que mata o Evangelho e torna o mundo mais árido.

A porta aberta fala-nos de confiança, de hospitalidade, de acolhimento. A porta é para proteger, não para recusar e, além disso, não pode ser forçada, porque a hospitalidade brilha pela liberdade do acolhimento.

Jesus chama sempre, pede sempre licença. Ao mesmo tempo, a porta deve abrir-se frequentemente, ainda que seja apenas para ver se há alguém que espera e que não tem valentia nem força para bater.

No evangelho de São João, Jesus compara-se com a porta do redil, em que encontramos segurança. Jesus, uma porta pela qual podemos entrar e sair sem temor. La Igreja deve colaborar com Cristo como o guarda de que fala o evangelho, escutando a voz do Pastor e deixando entrar todas as ovelhas que Ele traz consigo.

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